Valorizando o Fator Humano no Ambiente Corporativo

Peter Drucker, um renomado pensador da gestão moderna, disse certa vez: “Quando você contrata uma mão, ela vem com um coração e uma cabeça presos nela” Peter Drucker Esta frase nos leva a uma reflexão profunda sobre a verdadeira essência das relações de trabalho. No cenário corporativo atual, é fácil cair na armadilha de ver […]

Escrito por Gustavo Faria

Empreendedor e especialista em Educação Corporativa, @ogusfaria é Fundador da Versa Educação.
  • 22 abr, 2024
  • RConteúdo criado por um humano
  • 5 minutos

Peter Drucker, um renomado pensador da gestão moderna, disse certa vez:

“Quando você contrata uma mão, ela vem com um coração e uma cabeça presos nela”

Peter Drucker

Esta frase nos leva a uma reflexão profunda sobre a verdadeira essência das relações de trabalho. No cenário corporativo atual, é fácil cair na armadilha de ver os colaboradores apenas como números ou funções, mas cada indivíduo traz consigo um universo de experiências, emoções e ideias que podem enriquecer o ambiente de trabalho.

A Humanidade Por Trás do Cargo

É uma prática comum, especialmente em grandes corporações, tratar os trabalhadores de forma impessoal, principalmente aqueles em posições operacionais ou de menor visibilidade. Por exemplo, os operadores de máquinas ou os profissionais da limpeza noturna são frequentemente percebidos meramente como extensões das ferramentas que manejam. Esse olhar reducionista desconsidera a rica complexidade humana e pode gerar consequências negativas tanto para o bem-estar do empregado quanto para a dinâmica organizacional.

Além disso, conversando com um trabalhador que passou 17 anos em uma indústria, ouvi uma reclamação comum: “o pessoal do escritório nos trata como máquinas: um par de braços para mover coisas de um lado para o outro”. Esse depoimento reforça a necessidade urgente de revisão das práticas de gestão de pessoas.

Transformação Nominal Versus Transformação Real

A evolução do termo “funcionário” para “colaborador”, e de “departamento pessoal” para “recursos humanos”, sugere uma mudança de paradigma. Mas será que essas mudanças de terminologia refletem uma verdadeira transformação na maneira como as empresas veem e tratam seus trabalhadores? Adianta falar em “colaborar” se, na prática, a relação é unilateral e distante? Adianta falar em “recursos humanos” se continuamos a tratar as pessoas como “recursos máquina”?

Adianta ser um líder apenas para aqueles que reportam diretamente a você, ignorando as condições muitas vezes desumanas enfrentadas por aqueles na linha de frente? E, será que adianta ser uma “Top Voice” no LinkedIn sem cumprimentar ou reconhecer o time que trabalha incansavelmente pela noite para manter a operação fluindo? A resposta é clara: Não, não adianta.

Estratégias para uma Gestão Verdadeiramente Humana

  1. Comunicação Aberta e Empática: Encorajar uma cultura onde a comunicação não conhece barreiras hierárquicas e onde todos se sintam seguros para compartilhar ideias e preocupações.
  2. Reconhecimento da Individualidade: Cada trabalhador tem sua própria história, seus sonhos de infância, sua comida favorita, e seus dramas familiares. Reconhecer essa individualidade e integrá-la de alguma forma no ambiente de trabalho pode criar um vínculo mais forte e um sentimento de pertencimento.
  3. Desenvolvimento Pessoal e Profissional: Oferecer oportunidades de crescimento que respeitem as aspirações pessoais e profissionais dos colaboradores, contribuindo para sua satisfação e desenvolvimento contínuo.
  4. Investimento no Bem-Estar Integral: Desenvolver políticas que cuidem do bem-estar físico, emocional e mental dos colaboradores, implementando programas como horários flexíveis, suporte psicológico, e atividades de lazer e integração.

Conclusão

Refletir sobre a citação de Drucker nos leva a entender que cada trabalhador é um ser humano complexo e multifacetado. Valorizar essas dimensões humanas no ambiente de trabalho não é apenas uma questão de ética, mas uma estratégia inteligente que pode levar a uma maior inovação, produtividade e competitividade. As empresas que prosperam são aquelas que reconhecem e celebram a humanidade de seus colaboradores. Portanto, é hora de as mudanças nas terminologias corporativas serem acompanhadas por uma verdadeira evolução nas atitudes e políticas internas.

Gustavo Faria
Author: Gustavo Faria

Empreendedor e especialista em Educação Corporativa, @ogusfaria é Fundador da Versa Educação.

Empreendedor e especialista em Educação Corporativa, @ogusfaria é Fundador da Versa Educação.

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